22 de mar. de 2013

The Bucket List

Estou vivendo um momento complicado  referente à saúde e outro dia repensando meus atos, questionei: Será que fiz algo bom ao planeta? Aos que me cercam? Aos meus amigos? 
Não tenho medo da morte e acredito que nosso período na terra é apenas uma passagem (aprendizado) e por isso devemos ser menos egoísmo e mais coração. Porém,o meu maior defeito é lidar com raiva e mágoas quem sabe um dia consiga lidar com isso,rs. Enfim, de uns 10 anos pra cá tenho notado um certo distanciamento entre às pessoas, relacionamentos de amizade beirando o superficial, amores expressos e outros egoísmos que cometemos. Notado isto voltei a ficar mais Darth Vader do que Obi Wan, rs. Talvez, isso tenha acelerado meu processo de doenças ou não.
Bom, por essas e outras quero falar um pouco do excelente filme: The Bucket List(Chutar o Balde/Antes de Partir).
Jack Nicholson(meu Muso) depois do atentado 11 de Setembro resolveu fazer filmes mais tranquilos. Assim, foi com Como Você Sabe e Antes de Partir. Este último é maravilhoso e deve ser item obrigatório em nossa DVDteca. Não costumo colocar a sinopse do filme; pois o blog vai em outra direção. Porém, este merece.Carter Chambers (Morgan Freeman) é um homem casado, que há 46 anos trabalha como mecânico. Submetido a um tratamento experimental para combater o câncer, ele se sente mal no trabalho e com isso é internado em um hospital. Logo passa a ter como companheiro de quarto Edward Cole (Jack Nicholson), um rico empresário que é dono do próprio hospital. Edward deseja ter um quarto só para si mas, como sempre pregou que em seus hospitais todo quarto precisa ter dois leitos para que seja viável financeiramente, não pode ter seu desejo atendido pois isto afetaria a imagem de seus negócios. Edward também está com câncer e, após ser operado, descobre que tem poucos meses de vida. O mesmo acontece com Carter, que decide escrever a lista da bota, algo que seu professor de filosofia na faculdade passou como trabalho muitas décadas atrás. A lista consiste em desejos que Carter deseja realizar antes de morrer. Ao tomar conhecimento dela Edward propõe que eles a realizem, o que faz com que ambos viagem pelo mundo para aproveitar seus últimos meses de vida.

O filme é um grande show de interpretação dos nossos magníficos atores. Mas, não podemos esquecer outro que deve receber uma salva de Clap/Claps: o roteirista Justin Zackham que criou uma obra de arte do ponto de vista fotográfico e filosófico. Por outro lado, Rob Reiner diretor que tem no currículo This is Spinal Tap (1984), Conta Comigo (1986) e Harry & Sally (1989) fica como 
'coadjuvante', quando se tem Freeman e Nicholson. Filme é quase todo rodado em estúdio, infelizmente, não consegue se esquivar do artificialismo[mesmo assim vale assistir]. Seja no Egito ou na Índia, Reiner começa com um plano aéreo para identificarmos o ponto turístico, depois passa para um plano geral da dupla entre alguns figurantes caracterizados, e termina com um plano mais próximo de Nicholson e Freeman conversando em frente a um fundo falso. Cena do paraquedismo também deixa a desejar. Cenários a parte o filme ganha na simpatia do enredo e nas atuações.
Uma curiosidade sobre o longa,uma macabra coincidência assombrou os estúdios um pouco antes das filmagens, Nicholson teve que ser submetido a uma intervenção cirúrgica que o deixou de molho por meses. O fato de interpretar um personagem intransigente à beira da morte evidentemente mostrou mais uma vez a brilhante atuação do Mestre Nicholson que abusou do senso de urgência enriquecendo o personagem, em interessante contraste com a pose sempre professoral de Freeman.Reiner consegue equilibrar o drama da pesada com algum humor, e fazer com que o sentimento não caísse no sentimentalismo de perder o ar de tanto choro. Um filme estranho e absurdo que consegue deixar o espectador apaixonado pela idéia do repensar à vida antes de partir....

Algumas passagens interessantes do filme:
 "É difícil determinar o que resume a vida de uma pessoa.
Uns dizem que são as amizades que deixou.
Outros dizem que é a fé que teve.
Outros, o quanto amou.
Outros dizem que a vida não tem sentido algum.[...]seja como for...Edward Cole viveu mais em seus últimos dias na terra...
do que a maioria em uma vida inteira.
Só sei que ele morreu de olhos fechados...
mas de coração aberto."



Responda à 2 perguntas:
"Eu encontrei alegria em minha vida?"
"Minha vida trouxe alegria a outras pessoas?"
"Três coisas para se lembrar
quando envelhecer.
Nunca dispense um banheiro...
nunca desperdice uma ereção e 
nunca confie em um pum."



Um comentário:

  1. Pat,


    Adoro esse filme e conhecendo seu jeito, fico triste com o seu relato implícito e sincero.
    Melhoras hein? Tudo dará certo!

    beijo enorme

    Ju,

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