Imagem Retirada do Era dos Festivais |
Eu sei, uma coluna de televisão falando sobre música? Entretanto, este "tubo de raios catódicos" - já que eram assim na época - teve importância vital para a proliferação da música popular brasileira como hoje a conhecemos. Foi graças a iniciativa das emissoras TV Excelsior, TV Record, TV Rio e Rede Globo que a arte musical fixou-se ao público como forma de manifestação inteligente e nomes como Elis Regina, Caetano Veloso, Chico Buarque, Geraldo Vandré, Gilberto Gil, entre outros tantos consolidaram-se.
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A Era dos Festivais teve início em meados de 1960 com o I Festival de Música Popular Brasileira, realizado em São Paulo e Transmitido pela TV Excelsior. Daí pra frente vários outros festivais foram surgindo, com formatos similares e transmitidos nas telinhas - dentre eles podemos citar: Festival Nacional de Música Popular Brasileira, Bienal do Samba, Festival Internacional da Canção, MPB 80, Festival dos Festivais, entre outros. A referida era findou-se em 1985, com o Festival dos Festivais apresentado pela Rede Globo.
Diversos movimentos ganharam espaço através de tais, a exemplo da Jovem Guarda e do Tropicalismo. Contudo foi o Festival de 1968 que mais repercutiu e gerou controvérsias, em que pese não tenha trazido grandes inovações. Como era costume, o público participava ativamente durante as músicas; Ou seja, aplaudiam se gostassem, vaiavam caso não. Caetano entrou para cantar É Proibido Proibir e foi vaiado do início ao fim de sua apresentação. Veloso, que por óbvio se alterou com a reação do público, encerrou sua participação com um discurso e a frase: "Se vocês forem para a política como são para a estética nós estamos feitos". Mais detalhes deste festival confira AQUI.
Vale ressaltar que um dos pontos mais importantes para a expensão musical lá foi a presença da Ditadura Militar. Com a necessidade de expressar-se e a limitação vivida, uma das saídas que restou jazia na composição de canções ambíguas e politizadas, onde a mensagem chegasse ao público passando pela censura. Veja-se o exemplo de Cálice, composta por Chico Buarque e Gilberto Gil. Havia evidente preocupação com a qualidade musical, mais do que com o seu sucesso. Havia uma magia tamanha arreigada em versos prontos para serem consumidos.
Difícil não fazer comparações entre o ontem e o hoje da esfera musical nacional. Com o fim dos festivais e novas vivências sociais, os Anos 90 aqui no Brasil surgiram com seu "Pega pra Capá" dançante do Axé Music; Já nos anos 2000 o duplo sentido musical ganhou as vezes das paradas e hoje ruídos melódicos de Tchu e Tcha são os donos do Top Hits. Longe de mim afirmar que a música brasileira não tem qualidade hoje, até porque vários artistas talentosos surgiram de lá para cá, a questão aqui se fixa no gosto popular; Aí sim, não dá para negar que os festivais foram a Era de Voz, num sentido amplo da palavra.
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A Era dos Festivais teve início em meados de 1960 com o I Festival de Música Popular Brasileira, realizado em São Paulo e Transmitido pela TV Excelsior. Daí pra frente vários outros festivais foram surgindo, com formatos similares e transmitidos nas telinhas - dentre eles podemos citar: Festival Nacional de Música Popular Brasileira, Bienal do Samba, Festival Internacional da Canção, MPB 80, Festival dos Festivais, entre outros. A referida era findou-se em 1985, com o Festival dos Festivais apresentado pela Rede Globo.
Diversos movimentos ganharam espaço através de tais, a exemplo da Jovem Guarda e do Tropicalismo. Contudo foi o Festival de 1968 que mais repercutiu e gerou controvérsias, em que pese não tenha trazido grandes inovações. Como era costume, o público participava ativamente durante as músicas; Ou seja, aplaudiam se gostassem, vaiavam caso não. Caetano entrou para cantar É Proibido Proibir e foi vaiado do início ao fim de sua apresentação. Veloso, que por óbvio se alterou com a reação do público, encerrou sua participação com um discurso e a frase: "Se vocês forem para a política como são para a estética nós estamos feitos". Mais detalhes deste festival confira AQUI.
Vale ressaltar que um dos pontos mais importantes para a expensão musical lá foi a presença da Ditadura Militar. Com a necessidade de expressar-se e a limitação vivida, uma das saídas que restou jazia na composição de canções ambíguas e politizadas, onde a mensagem chegasse ao público passando pela censura. Veja-se o exemplo de Cálice, composta por Chico Buarque e Gilberto Gil. Havia evidente preocupação com a qualidade musical, mais do que com o seu sucesso. Havia uma magia tamanha arreigada em versos prontos para serem consumidos.
Difícil não fazer comparações entre o ontem e o hoje da esfera musical nacional. Com o fim dos festivais e novas vivências sociais, os Anos 90 aqui no Brasil surgiram com seu "Pega pra Capá" dançante do Axé Music; Já nos anos 2000 o duplo sentido musical ganhou as vezes das paradas e hoje ruídos melódicos de Tchu e Tcha são os donos do Top Hits. Longe de mim afirmar que a música brasileira não tem qualidade hoje, até porque vários artistas talentosos surgiram de lá para cá, a questão aqui se fixa no gosto popular; Aí sim, não dá para negar que os festivais foram a Era de Voz, num sentido amplo da palavra.
- Vamos a alguns vídeos:
Não existe nada mais subversivo do que um subdesenvolvido erudito.
Karlinha, é inevitável fazer essas comparações entre o ontem e o hj... a música de hj(sem generalizar) anda tão sem sentido... enfim, é preciso garimpar para encontrarmos boas coisas, nos tempos atuais!
ResponderExcluirbjks :)
A década de 1960 foi uma das mais ricas para a música em todos os países. Estou pesquisando um bocado sobre a época dos festivais e o talento dos cantores e compositores sempre me encanta.
ResponderExcluirBeijos!
Joicy Sorcière:
ResponderExcluirVerdade... temos de garimpar mesmo, mas, o garimpo compensa!
;D
Lê:
Os anos 60 foram riquíssimos mesmo.. trouxeram uma gama maravilhosa musical!
;D
Muito Obrigada pelos comentários!