O Signo da Cidade
é um filme brasileiro de 2007, do gênero drama, dirigido por Carlos
Alberto Riccelli e com roteiro de Bruna Lombardi, que também interpreta a
personagem principal.
No filme temos nossa São Paulo, com suas
histórias, sua grandiosidade, particularidades, solidões e amores.Bruna
interpreta a astróloga Teca, que em seu programa de rádio, acolhe,
escuta e dá conselhos. Mesmo se recuperando da recente
separação ela fica levemente atraída pelo Gil (Malvino Salvador) que por
sua vez enfrenta uma crise conjugal com sua
mulher (Denise Fraga).Com o pai (Juca de Oliveira), Teca vive um dilema
bem mais
forte e antigo. A amiga de sua mãe que morreu, que ela sempre viu como
uma espécie de tia, tem um segredo para lhe contar.O filme retrata uma
São Paulo,pesada, urgente, doente e carente. Há racismo, como o vivido
tanto pelo
enfermeiro Sombra (Luís Miranda) e o travesti Josialdo (Sidney
Santiago). E há a inadequação, como o emo Biô (Bethito Tavares),
mergulhado nas baladas em busca de diversão e amor.A chave da história é
essa dor humana que não se pode evitar, por mais remédios que se
procurem.A astróloga não tem a pretensão de ser a 'cura' para esse
pseudo mal que assola os grandes centros urbanos: Solidão. Claro que
existem aqueles que amam estar só(sou um desses) admiro a frase:"Ser só
para somente SER". Por outro lado, os centros urbanos
englobam uma grande variedade de pessoas com seus estilos e culturas
variadas. A população nas cidades urbanas vem crescendo ao longo dos
anos através do desenvolvimento da industrialização e a crescente oferta
e demanda de empregos nestes grandes centros.
A diversidade é algo encantador, pois dentro de uma cidade pode-se
encontrar diversas manifestações culturais como, por exemplo, a dança, a
música e a crença e também uma grande variedade de etnias.
Algumas pessoas, principalmente os que moram nos centros urbanos, estão vivendo em uma época onde o consumismo está em alta, a banalização da cultura cresce cada vez mais e a tecnologia ocupando nossa vida quase 24h por dia.Tudo é cronometrado, a vida está muito controlada pelo relógio. A cultura do efêmero, dita que tudo deve ser consumido agora, no presente, e muitas vezes isso acaba sendo prejudicial.
Algumas pessoas, principalmente os que moram nos centros urbanos, estão vivendo em uma época onde o consumismo está em alta, a banalização da cultura cresce cada vez mais e a tecnologia ocupando nossa vida quase 24h por dia.Tudo é cronometrado, a vida está muito controlada pelo relógio. A cultura do efêmero, dita que tudo deve ser consumido agora, no presente, e muitas vezes isso acaba sendo prejudicial.
Muitas
vezes os moradores das cidades urbanas como, por exemplo, São Paulo e
Rio de Janeiro, têm a impressão de que não “habitam” a cidade onde
moram, ou seja, não participam da vida social da cidade, não conhecem os
lugares de lazer, pois estão sempre correndo contra o tempo. Esta falta
de tempo e a necessidade de consumir cada vez mais diminuem as relações
sociais entre as pessoas o que gera a sensação de solidão. Há
indivíduos solidários que vivem no meio da multidão, mas que não
conseguem construir pontes de contato com as pessoas.Emile Durkhaim,
sociólogo francês, chegou a afirmar que o
suicídio, a maior agressão contra si mesmo, é uma inadequação social.Na
mesma proporção que cresce a população do mundo,
aumenta a solidão das pessoas.
A solidão não está apenas do lado de fora da família; está também
dentro do lar. A televisão ocupou o lugar da conversa ao redor da mesa. A
internet preencheu o espaço do diálogo cheio de intercâmbio das ideias.
O telefone celular nos conecta com o outro, do outro lado da linha, mas nos afasta daqueles que estão ao nosso redor.
O telefone celular nos conecta com o outro, do outro lado da linha, mas nos afasta daqueles que estão ao nosso redor.
O filme consegue resumir tudo isso apoiando-se numa dramaturgia inteligente, sem
demagogia e um legítimo interesse pelo ser humano. Tudo isso é coroado
pela direção e câmera sutis (ótima direção de fotografia de Marcelo
Trotta), que revelam uma São Paulo ambígua e generosa.
"Se perdem gestos,
cartas de amor, malas, parentes.
Se perdem vozes,
cidades, países, amigos.
Romances perdidos,
objetos perdidos, histórias se perdem.
Se perde o que fomos e o que queríamos ser.
Se perde o momento.
Mas não existe perda,
existe movimento".
cartas de amor, malas, parentes.
Se perdem vozes,
cidades, países, amigos.
Romances perdidos,
objetos perdidos, histórias se perdem.
Se perde o que fomos e o que queríamos ser.
Se perde o momento.
Mas não existe perda,
existe movimento".
Um filme peculiarmente fascinante!
Sou cria de cidade pequena... Talvez viva uma solidão diferente, resoluta em mim... não sei. Agora, que esta tecnologia nos conecta muito mais ao virtual do que o próximo, acho que já é marca de nossa geração.... Mas, fiquei fascinada com a proposta do filme. Ainda não vi.. Já vai para a minha lista!
ResponderExcluir;D
Assista e irá se apaixonar!
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