Qual a
importância de Jeanne Calment para as artes ou as ciências? A priori, nenhuma.
Seu maior feito foi viver, e viver muito: Jeanne foi a pessoa mais velha do
mundo. Ninguém alcançou seu recorde de incríveis 122 anos. Em mais de um
século, ela presenciou as mais notáveis descobertas e mudanças. Mas qual foi
seu segredo para viver tanto?
Jeanne Louise
Calment nasceu em 21 de fevereiro de 1875, na cidade de Arles, na França. A
longevidade se mostrou presente entre seus familiares mais próximos, uma vez
que seu pai viveu quase cem anos e o irmão, 97. No entanto, seus descendentes
não tiveram a mesma sorte: a filha de Jeanne morreu aos 35, vítima de
pneumonia, e o neto, criado por Jeanne, aos 36 em um acidente de carro. O
marido dela, um rico comerciante, faleceu aos 73 anos, depois de comer uma
sobremesa com cerejas estragadas.
Jeanne nunca
foi atleta ou obcecada pela beleza e saúde. A riqueza de seu marido permitiu
que ela se dedicasse a seus hobbies, como jogar tênis, nadar, andar de
bicicleta e também ir à ópera. Ela andava de bicicleta mesmo com 100 anos de idade
e morou sozinha até os 110. Sua dieta também não era extremamente regulada. Ao
ser perguntada a que ela creditava sua vida longa, respondeu que era ao azeite
de oliva que consumia nas refeições e também esfregava no corpo. Entre seus
hábitos alimentares estavam tomar vinho do porto e comer um quilo de chocolate
por semana.
Os casos de
supercentenários, pessoas que vivem mais de 110 anos, são cada vez mais comuns,
mas mesmo assim devem ser investigados. Considerando-se que muitos registros de
nascimento do século XXI e início do século XX saíam com erros, uma vez que não
havia máquinas que auxiliassem em sua emissão, vários casos de pessoas que se
diziam as mais velhas do mundo acabaram sendo provados como falsos. Jeanne, no
auge de sua fama, teve sua idade posta à prova e confirmada várias vezes, em
especial por se tratar da única pessoa que passou dos 120 anos.
Apesar de ter
vivido tanto e numa época tão turbulenta e cheia de mudanças, Jeanne teve um
cotidiano calmo. Só ficou famosa aos 113 anos, quando equipes de repórteres
foram à sua cidade devido ao centenário da visita de Van Gogh a Arles, onde ele
pintou alguns famosos quadros. Jeanne foi entrevistada por tê-lo conhecido,
embora dissesse que ele lhe pareceu “sujo,
mal-vestido, muito feio, mal-educado e doente”. Mesmo assim, Jeanne
apareceu brevemente em um filme sobre o pintor, tornando-se a pessoa mais velha
a aparecer em uma película.
Cada vez mais
procuramos a fórmula da longevidade. Cuidamo-nos com alimentos saudáveis,
exercícios físicos regulares, atividades intelectuais e tentamos ficar livre
dos vícios. Jeanne não cresceu com essa mentalidade e fumou dois cigarros por
dia durante 95 anos. A ciência está desconfiada de que, apesar de bons hábitos
serem importantes, o que determina quem vai viver mais de 100 anos são nossos
genes. E não é a presença de genes da longevidade que marca um felizardo, mas
sim a ausência de certos genes ligados a problemas do coração, câncer e doenças
degenerativas. Enquanto não somos capazes de fazer um teste e descobrir se
fomos abençoados pela genética ou mesmo como podemos tornar nossos genes
melhores, o fundamental é que vivamos com alegria, pois o bom-humor sempre foi
marca registrada de Jeanne Calment.
[Aos 110 anos]:
“Eu só tenho uma ruga, e estou sentada em
cima dela”.
Jeanne Calment (1875-1997)
Letícia, eu já tinha ouvido falar dela, mas ainda não conhecia sua história e nem como acabou ficando famosa. Confesso que a longevidade não é uma de minhas metas, acho que ainda prefiro uma vida bem vivida com alguns excessos à uma vida de dietas e autoimposições...
ResponderExcluirhttp://sublimeirrealidade.blogspot.com.br/2012/12/entre-o-amor-e-paixao.html
Bom dia!
ResponderExcluirPassando para agradecer
sua Amizade durante 2012
e desejar que continuemos
juntos por muitos anos mais...
FELIZ NATAL! Que DEUS ilumine
teu Lar e traga bençãos de
renovação para todos de teu
convivio...Até Breve!