Woody Allen, ou você ama ou odeia!
Um encontro ansiosamente esperado entre Paris e Allen finalmente foi parar nas telonas.Assim, transcorreu a química natural, descontraída e,
acima de tudo, fantástica deste filme.Sempre
torci o nariz para a cidade dos enamorados(sou fã da sua gastronomia,
filmes e Belle Époque*) já o resto não me agradava muito. Mas, aos
poucos ouvindo relatos dos amigos que viajaram por lá, outros que ainda
vão, uns que moraram...Acabo chegando a conclusão: Paris é algo... além
da realidade!
* ABelle Époque' (bela época) foi um período de cultura cosmopolita na história da Europa que começou no final do século XIX 1871 e durou até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914.
* ABelle Époque' (bela época) foi um período de cultura cosmopolita na história da Europa que começou no final do século XIX 1871 e durou até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914.
A
expressão também designa o clima intelectual e artístico do período
em questão. Novas invenções tornavam a vida mais fácil em todos os
níveis sociais, e a cena cultural estava em efervescência:
cabarés(Mouling Rouge, o cancan, e o cinema haviam nascido, e a arte
tomava novas formas com o Impressionismo e a Art Nouveau. A arte e a
arquitetura
inspiradas no estilo dessa era, em outras nações, são chamadas algumas
vezes de estilo "Belle Époque". Além disso "Belle Epóque" foi
representada por uma cultura urbana de divertimento incentivada pelo
desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte , que aproximou
ainda mais as principais cidades do planeta.Amelie Poulain e Robert
Langdon são 'petiscos', quando o assunto é Meia Noite em Paris.
Breve Sinopse:
Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e
sonhou ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em
Hollywood, o que fez com que fosse muito bem remunerado, mas que também
lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a
Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John
(Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um
grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua
desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a
se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de
se tornar um escritor reconhecido.
Imagine,
você(eu) esbarrando em F. Scott Fitzgerald , tomando um Mojito(sua
bebida preferida) com Ernest Hemingway, Cole Porter cantando ao pé do
ouvido, o pintor Pablo Picasso e o cineasta Luis Buñuel, dentre
outros batendo um papinho com você? Surreal!
Gil(Owen Wilson) mostra esse 'chat' de forma natural e encantadora tornando o principal
atrativo cômico do filme. Mas “Meia Noite em Paris”, não foi feito somente para gargalhar.
Talvez, um dos objetivos de Allen seja fascinar os cinéfilos com as possibilidades que a imaginação pode alcançar..
Talvez, um dos objetivos de Allen seja fascinar os cinéfilos com as possibilidades que a imaginação pode alcançar..
Outro
ponto abordado no filme é a fuga da realidade; a troca da realidade
pela fantasia como um mero ato de negação dos possíveis momentos
depressivos/ dificeis que o personagem(ou eu ou você) possamos enfrentar
na vida. Guardar memórias, (RE)viver o passado, realidade ácida/pouco
fascinante culminando nessa valorização dos tempos passados, o roteiro
reflete essa 'mania' que temos de maneira simples e eficaz.
Seria Meia Noite em Paris, nossa resposta pela procura do antídoto para o vazio existencial?
Ah!
este filme me pegou pelo estômago, mente, corpo e alma. Suas cores,
seus sons, cenários....A cada badalada na madrugada
parisiense, minha ânsia atônita pela personalidade artística que
conheceria a seguir.Cada esquina de Paris retratada de forma brilhante
pelos devaneios de Allen.
Figurinos, objetos de cena, carros...Decididamente, esse encontro de Woody com à cidade Luz rendeu bons frutos. Já o escapismo da realidade tão bem retratado no filme (acaba com final feliz) na vida real se ocorrer com frequencia(deve ser investigado/tratado) do contrário acho perfeitamente plausível uma 'viagem' ou outra ao século dos sonhos. Com ou sem Absyntho.Amaria bater um papo com Hemingway, tomar um licor com Gertrude Stein e dançar ao som de Cole.
Vou até ali dar uma rápida passada na Belle Epoque, volto num piscar de olhos!
Ou não...
“Acorde
do mundo das ilusões, das fantasias sem sentido e sonhe... Mas tenha
sonhos realizáveis, do contrário, terá frustrações!”
(Gênice Suavi)
(Gênice Suavi)
Honestamente, o filme não me agrada. A meu ver, é um verdadeiro migué disfarçado de "filme metalinguístico sobre a arte". Na verdade, com exceção de um ou outro filme, acho Woody Allen um miguezão. hiasihsaaih
ResponderExcluirPassa no meu blog: http://eooscarfoipara.blogspot.com.br/
Este final de semana eu revi o filme, na verdade eu só queria rever a sequência de abertura, mas não resisti. Acho ele lindo, e o incluo entre os melhores do tio Allen. Você discorreu muito bem sobre ele Patrícia, achei legal você ter destacado a fuga do personagem para uma outra realidade, achei este um dos pontos mais brilhantes do filme...
ResponderExcluirhttp://sublimeirrealidade.blogspot.com.br/2012/09/habemus-papam.html#comment-form
Eu amo o Woody, sobretudo as suas hilárias neurores.
ResponderExcluirCada ano que passa o cara faz um filme interessante (as vezes comete erros como em "Sonho de Cassandra" que acho muito chato. "Meia Noite..." é incrível. Eu gosto.
Besos Pati!
Rô e Brunão,
ResponderExcluirSou fã do Allen e ponto final, rs.
besos.
*agradeço por lerem!
Decerto não é o melhor filme de Allen, mas ainda assim é cativante e divertida. Otimo texto. Abraço.
ResponderExcluirhttp://espectadorvoraz.blogspot.com.br/
Cada vez mais tenho vontade de ver Meia-Noite em Paris. Adoro o estilo da Belle Époque e a ideia de ver grandes personalidades voltarem à vida através do cinema. Lembra-me de um dos melhores filmes de Woody: Rosa Púpura do cairo, em que um ator sai da tela do cinema para conhecer uma espectadora.
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