2 de set. de 2012

Surplus: A verdade que não queremos ver.


 "Possuímos liberdade para escolhermos entre as marcas A, B e C. E depois disso? Aonde vai parar a nossa liberdade?



Em 2010, quando entrei na faculdade, em uma das disciplinas, me deparei com um documentário que jamais vou esquecer: Surplus. Cheguei a escrever um texto sobre ele no blog que eu postava na época, mas acredito que toda a divulgação para essa obra prima é pouca, então, decidi falar um pouco sobre ele aqui, também. 


Poucos temas me inspiram/incitam tanto a escrever como as inconveniêcias sociais nas quais o mundo se encontra. Não gosto de me sentir alheia ao que acontece bem diante dos meus olhos, e se posso fazer alguma coisa para sair do meu estado parasitário e comodista, eu faço - ainda que isso possa ser considerado pouco. Sei que uma andorinha sozinha não faz verão, e sei também que não sou a última das revolucionárias, mas tenho consciência de que de gente parada, sentada no sofá, comendo batata frita e assistindo à MTV, o mundo está cheio, e o que eu puder fazer para ser diferente desse padrão dragônico, farei. 
Fiquei impressionada desde a primeira vez que assisti ao documentário Surplus, e ao mesmo tempo, encantada com o que vi. Os diretores desse trabalho são geniais! Utilizam técnicas modernas, mixagens e montagens para tentar abrir os nossos olhos dos espectadores, mostrar o que acontece debaixo do nosso nariz e não vemos (e quando vemos, ignoramos).
A crítica principal desse trabalho é o hiperconsumo e suas divisões caóticas. Basicamente, critica o vazio interior do ser humano, que é (ou devia ser, porque até nisso falha) suprido com o ato de comprar, comprar e comprar. Pessoas se tornam objetos. Há empresas que montam mulheres e homens de plástico, visualmente perfeitos, para saciar a necessidade (ou seria carência?) sexual dos compradores. Você pode escolher a cor da pele, o tamanho dos seios, a cor dos cabelos e até mesmo a maquiagem que o boneco de silicone ira usar. Ironico, não? Tudo o que aparentemente falta no ser humano supérfulo, é produzido naqueles bonecos. Ah, e eles produzem gemidos. 
Outro lado bacana de 'Surplus', é que ele não é parcial. Critica também o comunismo e sua falta de democracia, ou quem sabe, democracia falsa, enfatizando Fidel Castro e sua utópica (?) maravilhosa forma de governar uma nação.É um verdadeiro espetáculo. 
É um documentário chocante. Usa imagens fortes. Mas e daí? A realidade também é forte. 
Acho que não deve ser ignorado por ninguém. Mas.. Minha opinião, é a minha opinião. Quem quiser assistir ao Surplus, siga este link: http://www.youtube.com/watch?v=YbpmWeymWWw


O documentário completo está aqui embaixo. São só 50 minutos da sua vida, que com certeza absoluta não será tempo perdido.


 



Até a próxima!


2 comentários:

  1. Mensagens Subliminares e Campanhas Publicitárias - Bacana, compreender tudo isso!
    bjs

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  2. Confesso que também penso como você, Maria. Por mais que escrever seja um ato mínimo, nós precisamos fazê-los, pois são através de pequenas atitudes que podemos mudar um pouquinho desse mundo. Ficar parado, é o que não dá. Adorei a sua crítica, mesmo. É forte e causa impacto ao leitor. O ser humano precisa de algo 'agressivo' que o choque, para perceber a realidade hostil, na qual vivemos. Com certeza, assistirei ao documentário.

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