Pega no Joelho dela.
Pega na coxinha dela.
Sobe devagarinho!
Já dizia o "poeta" "Asa de Águia".
De qualquer maneira, independente do poeta e do ritmo, essa é uma parte do início de uma relação interessantíssima!
Voltemos nos primórdios de nossas paqueras e nos recordemos das
idas ao cinema, com aquele ou aquela peguete da escola, do bairro, do cursinho.
Depois de alguns encontros sociais, uns beijos mais calientes em momentos
oportunos e umas reladinhas de corpos de leve que acontece, um pouco da
intimidade já está se instaurando entre o casal.
- Vamos ao cinema?
- Vamos! Qual filme você quer ver?
Meus caros, convenhamos que nunca importava qual era o
filme que estava passando. E tem gente que escolhia pela duração! Quanto maior,
melhor. O negócio era estar com a pessoa em um local mais tranquilo para dar
uns amassos bacanas sem ninguém te importunar! E claro, não nos esqueçamos
também da escolha do próprio cinema e do horário estratégico.
- Podemos ir na terça, às 14:30? Tem um filme húngaro (de 3h e
meia) passando naquele cinema do centro!
- Combinado!

Chegando lá, sentam-se comportados, compram uma pipoca e ficam
jogando conversa fora, tentado disfarçar a tensão da luz que não se apaga. E
claro que não iam se apagar no momento em que chegaram.... Eles entraram para a
sala, meia hora antes do filme começar.
O filme começa e chega a hora da glória! Na primeira cena passa, a
pipoca já acabou, ele já está com a mão no ombro dela quando de repente um
beijo acontece! Sim, eles já se beijaram outras vezes (ou não), mas esse beijo
tem toda uma tensão prévia, que é a do primeiro momento à sós.
O beijo esquenta, a mão desce para os braços, e para as pernas e a
mãozinha dela, meio sem rumo vai se encontrando no corpo dele, até que a música
lá do início do texto começa a tocar! (Claro que foi uma piada... hahaha...)
Isso acontece em todas as relações que se desenvolvem, e nada mais
natural, também. Eu dei o exemplo clássico do cinema, exatamente por ser
clássico. Mas o local e o tempo que leva para acontecer, varia de caso para
caso.
E é uma delícia, não é mesmo? São os primeiros contatos mais
íntimos, que vão despertando um tesão maior, fantasias mais elaboradas e
eventualmente levar para circunstâncias ainda mais íntimas e enfim, passar ao
ato aquilo que se ensaiou tanto nesses encontros da "manivela".
Espero não ser interpretada como aquela que está fazendo apologias
para pegações em locais públicos. Muito menos aquela que sugere que todos se
peguem loucamente no primeiro encontro. Nada disso. Só estou ressaltando
um momento que acontece, sim e que falar deles pode ser cômico, suscitar
lembranças e incitar nos novos casais a curiosidade de se conhecerem.
Apesar que isso, nem precisa ser feito.