Hoje é Dia do Escritor!

Hoje a minha postagem será especial, leitores de Antes Que Ordinárias, pois hoje estamos comemorando o Dia do Escritor,uma justa homenagem a todos aqueles que contribuem com a estrutura intelectual do ser humano,não importando realmente o estilo de que são adeptos ou até mesmo se não possuem estilo algum! E nada é mais justo que nesse dia eu diga palavras de incentivo à leitura e à escrita,práticas que sempre foram defasadas no nosso país. Deveríamos ter vergonha de estarmos em posições tão baixas no ranking de países que incentivam tal atividade. O povo brasileiro tem que sair dessa estagnação mental produzida por uma distorção do ideário marxista que consiste em afirmar que o letramento é ócio, e que o ócio é algo negativo,que o que realmente importa é o trabalho e consequentemente, o lucro.

Não é difícil chegar à conclusão falaciosa de que então quem passa o seu tempo a ler e escrever,é "vagabundo",não faz nada que preste. A pessoa só passa a ter alguma importância devido ao trabalho braçal que executa e o rendimento monetário que contabiliza,um pensamento realmente estagnante e  superficial. Não entendam errado,não estou pregando às massas para que simplesmente elas deixem seus afazeres de lado e passem a moscar porque é uma forma de lutar contra o sistema,esta é uma atitude amadora.

Mas eu digo que o ócio é essencial è formulação de idéias,à construção de nossa identidade,ou seja,é um tempo que temos conosco mesmos afim de refletir e aprender,sem esse tempo nós não vivemos,apenas sobrevivemos! E ser alguém é bem mais do que mostrar que está em dia com as responsabilidades deste mundo atroz,temos que ter conteúdo! Porque senão,do que vale a pena estarmos aqui,neste mesmo instante? Ninguém se torna alguém do nada,somos argila que é aos poucos moldada e que constantemente pode mudar de forma,não existe uma forma definitiva,o que é definito é a nossa natureza que está em constante transformação.

 Podemos ser de tudo um pouco,menos estagnados. E para que aconteça satisfatoriamente cada etapa desse modelamento precisamos do auxílio de idéias pré- existentes! Precisamos registrar todas as mudanças que acontecem e a melhor forma é a escrita. Palavras podem modificar  todo o contexto de uma existência,libertam mentes e nações! A função do escritor é a de criar novos mundos paralelos ao nosso ou muito,muito,muito distantes de nossa realidade.

 Tem quem fale: "Ora, não sei de que vale ler se é tudo mentira,prefiro ver novela porque pelo menos dá para entender,é coisa que a gente vive no dia a dia,não aquela história nada a ver de monstros esquisitos e "demoníacos"  e praticantes de magia,ler é hábito de quem não tem vida social!  A realidade literária não é mentirosa,apenas é ficcional. Aliás a realidade literária pode ser tão realística que consegue se tornar mais real do que a nossa própria realidade. Quem pensa que está se safando de influências ruins e idéias tolas,este sim está na mentira,pois se envolve de forma tal com esses enredos popularescos de certas redes de tv,que acaba por tornar-se fanático de uma religião sem fundamentos.Se eles se ocupassem de fazer o que abominam saberiam que "novela" é um termo literário...É,hoje tirei o dia para divagar sobre Teorias Literárias...É a minha área!

Pois esse é o meu apelo nesse dia tão especial para nós blogueiras,que produzimos conhecimentos,que compartilhamos alegrias e tristezas com vocês leitores,hoje é a nossa vez de pedir que vocês leitores,escrevam,escrevam bastante e que leiam ainda mais,incentivem os que estão ao seu redor a fazer o mesmo,só assim faremos a diferença!Pessoas que tem acesso ao nosso blog,espero que o que eu escrevi sirva de reflexão,encorajem seus filhos a reproduzirem tudo o que sentem,que anseiam,que fazem em uma folha de papel. E que a partir de hoje nunca mais o ofício de escritor seja marginalizado,asim como tantos outros ofícios que contribuem para a edificação humana!

Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena!

                                                                                       ( Mar Português, Fernando Pessoa)