Uma das mais
famosas mulheres a se envolver na guerra, depois de Joana D’Arc, é a exótica
Mata Hari. Conhecida por seu trabalho como agente dupla durante a Primeira
Guerra Mundial (1914-1918) e executada por essa prática, a moça acabou se
tornando uma lenda maior que a própria vida. De traços exóticos e comportamento
sedutor, ela viveu muitas outras aventuras além das que foram contadas
exaustivamente por filmes e livros.
Nascida Margaretha Geertruida Zelle em 1876 na Holanda, era a mais velha numa família com três outros filhos homens. Teve um começo de vida tranquilo, mas a falência de seu pai em 1889 trouxe caos à família. Seus pais se divorciaram e em 1891 sua mãe faleceu, obrigando-a a ir morar com o padrinho. Estava estudando para ser professora, mas o assédio de um tutor a fez sair do curso e desistir desse objetivo.
Quando tinha 18
anos, leu no jornal um anúncio de um homem rico que procurava uma esposa e
decidiu se candidatar. Logo se casou com o anunciante, embora fosse 20 anos
mais nova que ele. O casal se mudou para a atual Indonésia e foi aí que os problemas
começaram. Seu marido era alcoólatra e descontava todos os problemas na esposa,
que para fugir da situação opressora, começou a estudar a cultura indonésia.
Apesar das brigas e da traição do marido (ele tinha uma concubina, o que era
aceitável naquela sociedade), eles tiveram dois filhos. As crianças sofriam com
a sífilis, que acabou por ser a causa
mortis de ambos, do menino aos 2 anos e da menina aos 21.
Mata Hari
também se tornou cortesã, relacionando-se sempre com homens influentes. Era
vista como uma mulher boêmia e livre, até que chegou a década de 1910. Sua
dança passou a ser criticada, consideravam-na sem valor artístico. Era ainda popular,
mas vista pelos especialistas na dança como uma mera exibicionista. Os nervos
também estavam exaltados por uma guerra que eclodiu em 1914. A Holanda, seu
país natal, permaneceu neutra, e Mata Hari podia circular livremente por entre
os países envolvidos.
O mito
construído em torno de Mata Hari persiste, em parte, graças ao filme homônimo de 1931, estrelando Greta Garbo e Ramon Novarro. Como era mais importante contar
uma história cativante do que seguir os fatos verdadeiros, foi criada uma trama
de sedução com a bela Garbo, que em nada se parecia com Mata. Outros filmes
focaram a vida da holandesa ou pelo menos de espiãs baseadas nela, como “Ziska”(1922), “Agente H21” (1964), com
Jeanne Moreau, e muitos outros.
Envolta em
mitos e incertezas, a história de Mata Hari permanece com detalhes obscuros e
verdades por descobrir. Mas, se a lenda for realmente mais interessante que a
verdade, apenas o mito será propagado.
"A dança é um poema; cada movimento é uma palavra”
Mata Hari
Mulher maravilhosa!!!
ResponderExcluirBjos
Amanda Fernandes
www.redapplepinups.com
Mata Hari conseguiu fazer algo extraordinário para a época, especialmente seu status... no fim, acho que foi injustiçada... serviu de bode expiatório.
ResponderExcluirE linda, neh?!
Adorei o post e por lembrar dela... Já havia pesquisado, mas, não há muitos fatos concretos sobre a vida dela... Se bem que é este mistério todo que encanta.
;D