2 de jun. de 2012

Bathory: O Desejo Pela Beleza Eterna

De maneira geral, as mulheres são reconhecidas por uma postura mais cândida, mais piedosa, mais protetora - talvez oriunda do maternal instinto. Generalidades são perigosas, especialmente quando o assunto é comportamento típico de fêmea e típico de macho. Iniciei a sessão terror com o intuito de falar das exceções, do lado maligno que há por entre a feminilidade pseudo-frágil. Comentei sobre algumas mulheres que enveredaram no entretenimento - tanto na TV quanto no Cinema - por personas relacionadas ao terror; Agora, resolvi trazer um horror real, palpável pela órbita de mulheres serial killers. Por tal, obviamente principio falando de uma das mais temidas e cruéis assassinas de que se tem notícia: A Condessa Elizabeth Bathory.

Nascida em 1560, sua infância decorreu na Hungria em um período em que seu país era invadido pela Turquia. Como toda a batalha por poder, húngaros versus turcos gerou momentos de humanidade nula e abusos. Elizabeth - que era uma menina neste cenário - presenciou a morte violenta de suas irmãs. Há quem diga que já neste período surgia o gosto pelo sádico nela.

Com apenas 11 anos foi prometida em casamento ao Conde Ferenc Nadasdy, havendo casado-se com o mesmo em 1575. Ele era oficial do exército e mantinha-se afastado do lar por conta deste ofício. Quando retornava, possuía o hábito de ensinar métodos de tortura a condessa em seus empregados indisciplinados. Em que pese fizesse isto, acredita-se que o Conde não cogitava que a mesma usasse deste conhecimento num nível assombrosamente cruel - especialmente se considerarmos o período, já que a época fora marcada pelos maus tratos aos empregados.

Dentre as práticas conhecidas da condessa estão as de:
+ Enfiar agulhas embaixo das unhas de seus criados;
+ Morder e dilacerar a carne de suas criadas, vindo destes eventos o apelido de vampira;
+ Em certa ocasião, ter aberto a mandíbula de uma serva até que os cantos da boca rasgassem; E,
+ haver espancado até a morte uma serva, por esta ter puxado acidentalmente seu cabelo. O sangue que espirrou na mão da condessa, tendo encantado ao vê-lo clarear a cútis sua depois de seco. Foi neste dia que surgiu o fascínio de Bathory por banhar-se em sangue para permanecer jovem e bela eternamente. 

Após o falecimento do marido, em 1604, ela se mudou para Viena, onde conheceu Anna Darvulia. Anna seria sua amante e era dona de ares misteriosos, logo sendo desvendados por Elizabeth, já que ambas compartilhavam do gosto pelo sádico. A amante compartilhou novas técnicas de tortura e as duas agiram cobertas de mais maldades, de mais ritos e de mais banhos de sangue - sentindo prazer em sujar seu rosto e roupas no líquido vital.

As torturas mais aplicadas pela Condessa e por Anna eram:
+ No inverno: Jogavam as criadas na neve após banhá-las em água fria, congelando-as até a morte;
+ No verão: Amarravam a vítima lambuzada de mel ao ar livre, fazendo com que os insetos fossem atraídos e devorassem a mesma viva;
+ Feito gado, marcavam as servas mais indisciplinadas com ferro quente no rosto, chegando a incendiar os pelos pubianos de algumas delas; E,
+ No porão do castelo de Bathory, esta possuía uma jaula onde a vítima era torturada lentamente, levantando-a de encontro a estacas afiadas.

Os deslizes de Bathory começaram a ocorrer após o adoecimento de Anna, a qual deixara de ser sua cúmplice. Descuidos estes que variavam desde largar os corpos das vítimas nos arredores do lar até matar uma jovem moça da nobreza e encobrir o fato alegando suicídio. As investigações sobre os assassinatos cometidos pela Condessa começaram em 1610, sendo que no mesmo ano foi condenada e presa.

Por anotações escritas de Elizabeth, considera-se o número de vítimas da condessa na apavorante estimativa de 650 pessoas. A sentença de Elizabeth foi proferida pelo Conde Thurzo:
"Tu, Elizabeth, és como um animal estás nos últimos meses da tua vida. Não mereces respirar o ar nesta terra, nem ver a luz do Senhor. Irás desaparecer deste mundo e nunca mais irás aparecer. As sombras irão encobrir-te e terás tempo para te arrependeres da tua brutal vida. Condeno-te, Senhora de Csejthe, a seres [sic] impressionada perpetuamente no teu próprio castelo."
A prisão era um aposento do seu próprio castelo, onde só havia uma pequena abertura para passagem de ar e comida. Ficou lá até sua morte em 1614. Sobre a lápide do túmulo de Elizabeth Bathory, segundo se pode ler no site SOBRENATURAL, estaria o símbolo ao lado, o qual foi incluso por um de seus fiéis cúmplices.

Ainda existem ruínas do castelo original da condessa, conforme as imagens abaixo mostram. Para ver mais clique AQUI.


A verdade é que a sua beleza incontestável em conjunto com uma frieza particular, fizeram desta assassina em série um verdadeiro mito. Sua história cruel sempre será lembrada, e vez por outra trazida para nós - com a licença artística costumeira - às telonas. Prova disto são alguns dos filmes inspirados nela que elenco na sequência:





Que preço você pagaria pela beleza eterna?

6 comentários:

  1. Karla,

    Fiquei impressionada com tanta maldade. Seria com certeza o próprio mal. Parabéns pela linguagem!

    Lu

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  2. "G-zuis"! Que medo dessa mulher! hahaha ótimo texto xD

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  3. Luciana Santa Rita

    Realmente, era algo muito fora da média a maldade desta mulher!!!

    Muito Obrigada pelo elogio!

    ;D

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  4. Michele Meine

    fico feliz que tenha gostado...
    Tmb tenho medo dela!!! hehehe


    ;D

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  5. adoro a história dessa moça, pena que é difícil encontrar filmes e livros que contam a históriadela

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